Pensar em D. Pedro II com esta volumosa barba nos remete a
um clima de sobriedade, onde a diversão não tem lugar. Mas nem só de pesadas
obrigações viveu o Império do Brasil. Como referência final da opulência e
festividade na Corte temos o famoso “Baile da Ilha Fiscal” em 9 de novembro de
1889. Este com enorme significado de despedida da Família Real, pois poucos
dias depois foi proclamada a República no Brasil.
Havia todo um protocolo que organizava os estilos de danças
e a ordem em que seriam executados, como deveriam se portar a damas e os
cavalheiros presentes no baile, havia detalhes o momento em que deveriam
se dirigir á mesa para a hora dos “comes
e bebes” e protocolo que regulava até ordem de chegada e saída das carruagens.
Tudo isso muito bem explicado como no exemplo da “Etiqueta que se ha-de guardar pelos Senhores convidados para o Baile da
noite do dia 24 corrente. Tipografia Régia, 1821 (Fundação Biblioteca
Nacional).
Em 15 de novembro de 1889 encerrou-se o capítulo do Império
do Brasil e começou a ser escrita a História da República, mas não significou
que os bailes também acabaram. Estes continuaram com ritos de sociabilidade, e
logo que a poeira assentou os salões
reabriram para dar início a fama
do Rio de Janeiro como lócus da Boemia.
Para saber mais:
ABREU, Martha. O Império do Divino –
Festas religiosas e cultura popular no Rio de Janeiro (1830-1900) Rio de
Janeiro: Nova Fronteira. 1999.
Deibith Brito da Silva
Bibliografia:
COSTA, Maria L. Quem dança, o tédio espanta in Revista de História da Biblioteca
Nacional. Ano 8, Nº 94, julho de 2013.

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