História e Literatura

GABARITO SIMULADO DE HISTÓRIA

1-E
2-A
3-A
4-E
5-B
6-01+08 = 09
7-D
8-D
9-B
10-C
11-A
12-C
13-B
14-C
15-B
16-B
17-D
18-C
19-C
20-B

Obras literárias




INDICAÇÃO DE OBRAS  COM RESUMOS E ANÁLISE PARA O ENEM 2014
Viagens na minha terra - Almeida GarrettResumoAnálise
Til - José de AlencarResumoAnálise
Memórias de um sargento de milícias - Manuel Antônio de AlmeidaResumoAnálise
Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de AssisResumoAnálise
O cortiço - Aluísio AzevedoResumoAnálise
A cidade e as serras - Eça de QueirósResumoAnálise
Vidas secas - Graciliano RamosResumoAnálise
Capitães da areia - Jorge AmadoResumoAnálise
Sentimento do mundo - Carlos Drummond de AndradeResumoAnálise

FONTE: http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/veja-resumos-analises-obras-literarias-podem-cair-fuvest-2014-760090.shtml


UNEB-2015
Universidade do Estado da Bahia

Além de Estar – Helena Parente Cunha
A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água – Jorge Amado
Essa Terra – Antônio Torres
O Desterro dos Mortos – Aleilton Fonseca
O Largo da Palma – Adonias Filho
Tenda dos Milagres – Jorge Amado

Literatura no Enem

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

A Literatura no Enem compreende a articulação entre os recursos expressivos e estruturais do texto literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção.

Em se tratando da prova relacionada a essa área do conhecimento – a Literatura –, você primeiramente precisa se conscientizar de que ela, assim como toda arte, é uma transfiguração do real, isto é, a realidade recriada por meio do espírito do artista vivendo em seu tempo.
Sendo assim, o artista, de acordo com sua ideologia, submetido a um contexto histórico, político e social, realiza um trabalho especial, cuja matéria-prima é a própria palavra. Dessa forma, torna-se evidente que em todo esse “manejo” predomina tão somente a função poética da linguagem, na qual a intenção do emissor, no caso o artista, é voltada para a própria mensagem, seja na estrutura ou na seleção e combinação das palavras, de forma a atingir plenamente seu objetivo “artístico”.
Com base nesses pressupostos, você terá condições de entender alguns dos objetivos referentes ao processo pelo qual irá passar, uma vez que é esperado que o aluno demonstre seus conhecimentos relacionados ao campo da Literatura, tendo em vista a capacidade de:
- Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
- Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
- Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
- Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Torna-se importante ressaltar que tais objetivos estão intrinsecamente relacionados ao objetivo maior do Exame Nacional do Ensino Médio, que é – em vez de conduzi-lo a memorizações mecanicistas de conceitos – fazer com que você entenda acerca da aplicação dos termos e suas funções na língua. Vejamos, pois, como na prática isso funciona, partindo do exemplo de uma questão referente ao exame realizado no ano de 2012:
O quadro Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso, representa o rompimento com a estética clássica e a revolução da arte no início do século XX. Essa nova tendência se caracteriza pela
a) pintura de modelos em planos irregulares.
b) mulher como temática central da obra.
c) cena representada por vários modelos.
d) oposição entre tons claros e escuros.
e) nudez explorada como objeto de arte.   
Confira a resolução comentada do Brasil Escola acerca da questão em evidência:
A questão em evidência tem como verdadeira a alternativa “a”, para respondê-la, é preciso associar a figura de Picasso ao cubismo, movimento nascido a partir das experiências deste artista. A proposta cubista centrava-se na liberdade que o artista possuía para criar e recriar, ou compor e recompor a realidade. A obra cubista é repleta de formas geométricas e através destas, o objeto é revelado, em seus múltiplos ângulos, logo, não existe regularidade nos planos da arte cubista.
 fonte:http://vestibular.brasilescola.com/enem/literatura-no-enem.htm




Gabarito  do Simulado de literatura



Questão 1

Gabarito:

E

Resolução:

Predomina no texto a função poética da linguagem, uma vez que se usa a estrutura linguística (figuras de linguagem, rimas, métrica) para chamar a atenção do leitor para a construção especial e artística do texto.

Questão 2

Gabarito:

C

Resolução:

O poema “Confidência do Itabirano”, embora contenha características formais do Modernismo (como o verso livre), não representa a fase heroica do movimento; também não apresenta influências românticas com o tema do amor à terra natal. O poema centra-se na relação de tensão entre o indivíduo e sua comunidade por meio de imagens que representam a influência do mundo, da sociedade, na constituição individual, por exemplo: “Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro./ Noventa por cento de ferro nas calçadas/ Oitenta por cento de ferro nas almas”.

Questão 3

Gabarito:

B

Resolução:

Ao contrário de sentir nostalgia em relação à cidade, o eu lírico exalta a vida no campo, onde cada ser é único e onde se tem a exata percepção da passagem do tempo, que não é vista de forma negativa, nem com medo, mas de forma natural, serena (comparada com o constante movimento das águas, que sempre passam). A percepção do caráter efêmero, passageiro da vida, pela aparente inércia da vida rural, não leva o eu lírico a refletir sobre a sua própria juventude, mas sobre a passagem da mocidade em geral (no sentido de que tudo envelhece, passa, acaba).

Questão 4

Gabarito:

D

Resolução:

Manoel de Barros não se utiliza apenas de linguagem denotativa ou referencial, mas também poética e metafórica. Embora crie neologismos (como “invencionática”), não se pode afirmar que sua linguagem seja rebuscada, nem tampouco hiperbólica, exagerada.
A linguagem do poeta é simples, pois ele usa palavras do cotidiano para falar de seu fazer poético, que também é simples e cotidiano.

Questão 5

Gabarito:

C

Resolução:

O problema expresso pela pergunta citada é o da dificuldade que o personagem tem de idenficar-se. A resposta que este dá à pergunta consiste em comparar-se com outros Severinos que compartilham sua condição de agricultor miserável e retirante. Nesse sentido, não há resignação (pois ele emigra, isto é, muda-se em busca de melhores condições de vida), nem traços biográficos minuciosos (pois o personagem se define por uma coletividade: "há muitos Severinos"). O personagem não se diz descendente do coronel Zacarias (seu pai se chama assim, como muitos, por causa deste senhor, embora não tenha parentesco com ele), nem é uma projeção do poeta.

Questão 6

Gabarito:

D

Resolução:

Nesse trecho de Grande Sertão, Riobaldo expõe uma situação social ambígua, pois menciona a liberdade e a dependência simultânea de agregados em relação aos fazendeiros, ao falar de Zé-Zim: sua falta de propriedades (não possui nem galinhas d'angola, criação comum no sertão) o permite ir embora na hora que quer (pois "gosta muito de mudar"), mas, ao mesmo tempo, mantém-no sempre dependente do fazendeiro, dono da terra onde trabalha. Riobaldo mostra-se disposto a ajudar seus agregados, já que contara, no passado (ainda uma criança, com sua mãe), com proteção de fazendeiros. O narrador não critica a falta de envolvimento desses trabalhadores nem mantém um tom distanciado na narrativa por se julgar socialmente superior.

Questão 7

Gabarito:

E

Resolução:

O teor metalinguístico (isto é, o uso da linguagem para se referir à própria linguagem) dos textos se encontra exatamente na explicação do sentido das expressões “ser brotinho” e “ser gagá”, explicação esta dotada de muito humor e ironia.

Questão 8

Gabarito:

C

Resolução:

A coesão do texto é dada pela importância dos pronomes, que estão perfeitamente demarcados. De fato, os pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos realçam a estética do texto e promovem uma ligação harmoniosa.
A coerência não se dá de forma sequencial como resultado de mecanismos de transformação dos períodos e das orações pelo emprego de conjunções subordinativas. Estas não predominam no texto, ao contrário, verifica-se o predomínio de orações coordenadas. Tampouco se dá através de expressões que indiquem progressividade. As expressões “iminência”, ”sempre” e “depois” oferecem ao leitor uma sequência temporal e não progressiva.

Questão 9

Gabarito:

E

Resolução:

Nas alternativas A) e B), a palavra “lata” é usada em sentido literal, assim como a palavra “meta” nas alternativas C) e D).

Questão 10

Gabarito:

A

Resolução:

No poema de Carlos Drummond de Andrade, o elemento onírico se confunde com o próprio elemento poético. O poema revela a atitude de um sonhador. Ao declarar “Ponho-me a escrever”, mediante o uso da forma verbal em 1ª pessoa, o poeta se mostra presente. Assim como o adjetivo “romântico”, em referência a seu trabalho, informa o leitor de seu ofício como poeta sonhador, que escreve ludicamente o nome de alguém com letras de macarrão.
A interferência do mundo adulto, alheio à necessidade de sonhar, se reafirma no verso final, em que se afirma: “Neste país é proibido sonhar”. Portanto, sonho e realidade caminham juntos.
A referência ao cartaz amarelo consiste na demonstração da linguagem eleita para revelar o descontentamento do poeta.

Questão 11

Gabarito:

C

Resolução:

A “Canção do Exílio” de Antônio Gonçalves Dias é uma exaltação da natureza tropical do Brasil. Tem caráter ufanista, pois seu autor foi um representante da corrente romântica, que se traduziu também por ideais nacionalistas.
Oswald de Andrade, um modernista, via a exaltação de forma crítica, como decorrência dos problemas econômicos e culturais enraizados no Brasil desde os tempos coloniais. Esse autor faz alusão à escravidão quando afirma “Minha terra tem palmares”.

Questão 12

Gabarito:

D

Resolução:

Existe entre os textos um diálogo, porque há na charge (texto 2) um reconhecimento da obra de Carlos Drummond de Andrade, autor do texto 1. A finalidade do texto 1 é evidenciar uma reflexão, enquanto a da charge é provocar o humor. Os textos não são de mesmo gênero: o 1 pertence ao gênero poético, e o 2 é uma narrativa. A intertextualidade exclui o gênero entre os dois textos.

Questão 13

Gabarito:

D

Resolução:

No trecho “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo?” (v. 11-12), o autor explora o extrato sonoro do idioma (tanto na ênfase silábica em “lobo-bolo” como na menção ao seu uso para constituir uma rima) e o uso de termos coloquiais (como “tipo”, “pra” e “ouro de tolo”).

Questão 14

Gabarito:

C

Resolução:

A pintura de Eckhout e o trecho de A Carta de Pero Vaz de Caminha apresentam um nativo americano, chamado pelos europeus de “índio”, habitante das terras que sofreriam o processo colonizador. Não há características estéticas românticas nas obras em questão, mas também não se pode ressaltar um olhar realista (já que Caminha vê os índios como inocentes e a pintura é um tanto pitoresca). Além disso, não há, nem no texto nem na pintura, o elemento europeu que contrasta com o americano, nem menção explícita à religião.

Questão 15

Gabarito:

A

Resolução:

A causa mortis da personagem adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma metaforização do sentido literal do verbo "beber", ou seja, um uso conotativo desse verbo para descrever a relação da personagem com sua habitual apreciação da arte ("Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.").

Questão 16

Gabarito:

D

Resolução:

O último período do texto ("Nunca se afizera ao regime novo – essa indecência de negro igual") confirma a resistência da senhora. Apesar da abolição, D. Inácia não aceita a liberdade dos negros e não os vê como seus iguais. A postura dessa personagem reflete a postura de muitos senhores de escravos que não se conformaram com o fim da escravidão, marcando um momento histórico-social de valores contraditórios.

Questão 17

Gabarito:

D

Resolução:

Em "O trovador", de Mário de Andrade, a questão da identidade nacional é problematizada na oposição entre o tupi (elemento que remete ao nativo, ao "selvagem") e o alaúde (elemento que remete ao estrangeiro, ao "civilizado"), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.

Questão 18

Gabarito:

D

Resolução:

Nota-se pelo poema que a rejeição amorosa leva o eu lírico a desejar a morte como forma de fuga à desilusão amorosa. Isso pode ser percebido claramente no primeiro terceto, quando o eu lírico se afirma insano devido à saudade que sente da amada e, por isso, deseja privar-se da vida e tem os olhos voltados para a escuridão. As temáticas da desilução amorosa e da busca da morte como "válvula de escape" à realidade são recorrentes na segunda fase do romantismo, da qual Álvares de Azevedo é um dos maiores representantes.

Questão 19

Gabarito:

C

Resolução:

A carta de Caminha apresenta um ponto de vista otimista do colonizador em relação à gente da terra, enquanto a pintura mostra a inquietação dos nativos que observam a chegada das naus.

Questão 20

Gabarito:

A

Resolução:

A necessidade de crescer e vir a ser algo quiçá diferente do que é torna-se objeto de questionamento do poeta, que se nega a curvar-se diante de tais exigências preestabelecidas socialmente.

Questão 21

Gabarito:

B

Resolução:

Os versos de Cecília Meireles, tratam da linguagem como um tipo de "potência" que é o princípio de "todo o sentido da vida". Assim, pode-se afirmar que a autora elabora na obra uma reflexão mais ampla sobre o fato de que as relações humanas, em suas múltiplas esferas, têm seu equilíbrio vinculado ao significado das palavras.

Questão 22

Gabarito:

E

Resolução:

A palavra "mas" assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso: no primeiro, serve para evidenciar a mudança de pensamento da personagem, introduzindo uma possibilidade visualizada por ela diante do contexto de calor em que se encontrava (enxugar a testa nas cortinas cortadas por ela mesma e olhar o calmo horizonte); no segundo, funciona de fato como uma conjunção adversativa, marcando oposição em relação à oração anterior. A conjunção "mas", cuja função mais tradicional é marcar oposição, serve frequentemente na linguagem coloquial para mudar de assunto, acrescentar nova ideia, e não necessariamente para contrapor o tópico antecedente.

Questão 23

Gabarito:

D

Resolução:

Os dois textos utilizam a descrição do espaço para caracterizar a exclusão dos personagens retratados: no texto I, essa exclusão fica clara na imagem dos meninos que dormem estendidos no assoalho e por debaixo de pontes, indiferentes ao vento e à chuva, de cujos efeitos não têm como se proteger; no texto II, a exclusão dos bêbados à margem do rio Belém transparece no espaço em que se acomodam, nos fundos do mercado de peixes, sob a sombra de um velho ingazeiro.

Questão 24

Gabarito:

C

Resolução:

Ao longo do texto, o narrador reflete sobre sua própria escrita ("Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual [...]") e também sobre questões existenciais ("Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer?"), ambas marcas da produção literária de Lispector.

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