GABARITO SIMULADO DE HISTÓRIA
Obras literárias
Gabarito do Simulado de literatura
1-E
2-A
3-A
4-E
5-B
6-01+08 = 09
7-D
8-D
9-B
10-C
11-A
12-C
13-B
14-C
15-B
16-B
17-D
18-C
19-C
20-B
Obras literárias
fonte:http://vestibular.brasilescola.com/enem/literatura-no-enem.htm
Gabarito do Simulado de literatura
Questão 1
Gabarito:
E
Resolução:
Predomina no texto a função poética da
linguagem, uma vez que se usa a estrutura linguística (figuras de linguagem,
rimas, métrica) para chamar a atenção do leitor para a construção especial e
artística do texto.
Questão 2
Gabarito:
C
Resolução:
O poema “Confidência do Itabirano”,
embora contenha características formais do Modernismo (como o verso livre), não
representa a fase heroica do movimento; também não apresenta influências
românticas com o tema do amor à terra natal. O poema centra-se na relação de
tensão entre o indivíduo e sua comunidade por meio de imagens que representam a
influência do mundo, da sociedade, na constituição individual, por exemplo:
“Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro./ Noventa por cento de ferro nas
calçadas/ Oitenta por cento de ferro nas almas”.
Questão 3
Gabarito:
B
Resolução:
Ao contrário de sentir nostalgia em relação à
cidade, o eu lírico exalta a vida no campo, onde cada ser é único e onde se tem
a exata percepção da passagem do tempo, que não é vista de forma negativa, nem
com medo, mas de forma natural, serena (comparada com o constante movimento das
águas, que sempre passam). A percepção do caráter efêmero, passageiro da vida,
pela aparente inércia da vida rural, não leva o eu lírico a refletir sobre a
sua própria juventude, mas sobre a passagem da mocidade em geral (no sentido de
que tudo envelhece, passa, acaba).
Questão 4
Gabarito:
D
Resolução:
Manoel de Barros não se utiliza apenas de linguagem
denotativa ou referencial, mas também poética e metafórica. Embora crie
neologismos (como “invencionática”), não se pode afirmar que sua linguagem seja
rebuscada, nem tampouco hiperbólica, exagerada.
A linguagem do poeta é simples, pois ele usa palavras do cotidiano para falar de seu fazer poético, que também é simples e cotidiano.
A linguagem do poeta é simples, pois ele usa palavras do cotidiano para falar de seu fazer poético, que também é simples e cotidiano.
Questão 5
Gabarito:
C
Resolução:
O problema expresso pela pergunta citada é o da
dificuldade que o personagem tem de idenficar-se. A resposta que este dá à
pergunta consiste em comparar-se com outros Severinos que compartilham sua
condição de agricultor miserável e retirante. Nesse sentido, não há resignação
(pois ele emigra, isto é, muda-se em busca de melhores condições de vida), nem
traços biográficos minuciosos (pois o personagem se define por uma
coletividade: "há muitos Severinos"). O personagem não se diz
descendente do coronel Zacarias (seu pai se chama assim, como muitos, por causa
deste senhor, embora não tenha parentesco com ele), nem é uma projeção do poeta.
Questão 6
Gabarito:
D
Resolução:
Nesse trecho de Grande Sertão, Riobaldo
expõe uma situação social ambígua, pois menciona a liberdade e a dependência
simultânea de agregados em relação aos fazendeiros, ao falar de Zé-Zim: sua
falta de propriedades (não possui nem galinhas d'angola, criação comum no
sertão) o permite ir embora na hora que quer (pois "gosta muito de
mudar"), mas, ao mesmo tempo, mantém-no sempre dependente do fazendeiro,
dono da terra onde trabalha. Riobaldo mostra-se disposto a ajudar seus agregados,
já que contara, no passado (ainda uma criança, com sua mãe), com proteção de
fazendeiros. O narrador não critica a falta de envolvimento desses
trabalhadores nem mantém um tom distanciado na narrativa por se julgar
socialmente superior.
Questão 7
Gabarito:
E
Resolução:
O teor metalinguístico (isto é, o uso da
linguagem para se referir à própria linguagem) dos textos se encontra
exatamente na explicação do sentido das expressões “ser brotinho” e “ser gagá”,
explicação esta dotada de muito humor e ironia.
Questão 8
Gabarito:
C
Resolução:
A coesão do texto é dada pela importância dos
pronomes, que estão perfeitamente demarcados. De fato, os pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos realçam a estética do texto e promovem uma ligação
harmoniosa.
A coerência não se dá de forma sequencial como
resultado de mecanismos de transformação dos períodos e das orações pelo
emprego de conjunções subordinativas. Estas não predominam no texto, ao
contrário, verifica-se o predomínio de orações coordenadas. Tampouco se dá
através de expressões que indiquem progressividade. As expressões “iminência”,
”sempre” e “depois” oferecem ao leitor uma sequência temporal e não
progressiva.
Questão 9
Gabarito:
E
Resolução:
Nas alternativas A) e B), a palavra “lata” é
usada em sentido literal, assim como a palavra “meta” nas alternativas C) e D).
Questão 10
Gabarito:
A
Resolução:
No poema de Carlos Drummond de Andrade, o
elemento onírico se confunde com o próprio elemento poético. O poema revela a
atitude de um sonhador. Ao declarar “Ponho-me a escrever”, mediante o uso da
forma verbal em 1ª pessoa, o poeta se mostra presente. Assim como o adjetivo
“romântico”, em referência a seu trabalho, informa o leitor de seu ofício como
poeta sonhador, que escreve ludicamente o nome de alguém com letras de
macarrão.
A interferência do mundo adulto, alheio à
necessidade de sonhar, se reafirma no verso final, em que se afirma: “Neste
país é proibido sonhar”. Portanto, sonho e realidade caminham juntos.
A referência ao cartaz amarelo consiste na
demonstração da linguagem eleita para revelar o descontentamento do poeta.
Questão 11
Gabarito:
C
Resolução:
A “Canção do Exílio” de Antônio Gonçalves Dias é
uma exaltação da natureza tropical do Brasil. Tem caráter ufanista, pois seu
autor foi um representante da corrente romântica, que se traduziu também por
ideais nacionalistas.
Oswald de Andrade, um modernista, via a
exaltação de forma crítica, como decorrência dos problemas econômicos e
culturais enraizados no Brasil desde os tempos coloniais. Esse autor faz alusão
à escravidão quando afirma “Minha terra tem palmares”.
Questão 12
Gabarito:
D
Resolução:
Existe entre os textos um diálogo, porque há na
charge (texto 2) um reconhecimento da obra de Carlos Drummond de Andrade, autor
do texto 1. A finalidade do texto 1 é evidenciar uma reflexão, enquanto a da
charge é provocar o humor. Os textos não são de mesmo gênero: o 1 pertence ao
gênero poético, e o 2 é uma narrativa. A intertextualidade exclui o gênero
entre os dois textos.
Questão 13
Gabarito:
D
Resolução:
No trecho “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de
tolo?” (v. 11-12), o autor explora o extrato sonoro do idioma (tanto na ênfase
silábica em “lobo-bolo” como na menção ao seu uso para constituir uma rima) e o
uso de termos coloquiais (como “tipo”, “pra” e “ouro de tolo”).
Questão 14
Gabarito:
C
Resolução:
A pintura de Eckhout e o trecho de A Carta
de Pero Vaz de Caminha apresentam um nativo americano, chamado pelos europeus
de “índio”, habitante das terras que sofreriam o processo colonizador. Não há
características estéticas românticas nas obras em questão, mas também não se
pode ressaltar um olhar realista (já que Caminha vê os índios como inocentes e
a pintura é um tanto pitoresca). Além disso, não há, nem no texto nem na
pintura, o elemento europeu que contrasta com o americano, nem menção explícita
à religião.
Questão 15
Gabarito:
A
Resolução:
A causa mortis da personagem adquire um
efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma metaforização
do sentido literal do verbo "beber", ou seja, um uso conotativo desse
verbo para descrever a relação da personagem com sua habitual apreciação da
arte ("Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana.
Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia
Reclinada, de Celso Antônio.").
Questão 16
Gabarito:
D
Resolução:
O último período do texto ("Nunca se
afizera ao regime novo – essa indecência de negro igual") confirma a
resistência da senhora. Apesar da abolição, D. Inácia não aceita a liberdade
dos negros e não os vê como seus iguais. A postura dessa personagem reflete a
postura de muitos senhores de escravos que não se conformaram com o fim da
escravidão, marcando um momento histórico-social de valores contraditórios.
Questão 17
Gabarito:
D
Resolução:
Em "O trovador", de Mário de
Andrade, a questão da identidade nacional é problematizada na oposição entre o
tupi (elemento que remete ao nativo, ao "selvagem") e o alaúde
(elemento que remete ao estrangeiro, ao "civilizado"), apontando a síntese
nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de
Andrade.
Questão 18
Gabarito:
D
Resolução:
Nota-se pelo poema que a rejeição amorosa leva o
eu lírico a desejar a morte como forma de fuga à desilusão amorosa.
Isso pode ser percebido claramente no primeiro terceto, quando o eu lírico se
afirma insano devido à saudade que sente da amada e, por isso, deseja privar-se
da vida e tem os olhos voltados para a escuridão. As temáticas da desilução
amorosa e da busca da morte como "válvula de escape" à realidade são
recorrentes na segunda fase do romantismo, da qual Álvares de Azevedo é um dos
maiores representantes.
Questão 19
Gabarito:
C
Resolução:
A carta de Caminha apresenta um ponto de vista
otimista do colonizador em relação à gente da terra, enquanto a pintura mostra
a inquietação dos nativos que observam a chegada das naus.
Questão 20
Gabarito:
A
Resolução:
A necessidade de crescer e vir a ser
algo quiçá diferente do que é torna-se objeto de questionamento do poeta, que
se nega a curvar-se diante de tais exigências preestabelecidas socialmente.
Questão 21
Gabarito:
B
Resolução:
Os versos de Cecília Meireles, tratam da
linguagem como um tipo de "potência" que é o princípio de "todo
o sentido da vida". Assim, pode-se afirmar que a autora elabora na obra
uma reflexão mais ampla sobre o fato de que as relações humanas, em suas
múltiplas esferas, têm seu equilíbrio vinculado ao significado das palavras.
Questão 22
Gabarito:
E
Resolução:
A palavra "mas" assume funções
discursivas distintas nos dois contextos de uso: no primeiro, serve para
evidenciar a mudança de pensamento da personagem, introduzindo uma
possibilidade visualizada por ela diante do contexto de calor em que se
encontrava (enxugar a testa nas cortinas cortadas por ela mesma e olhar o calmo
horizonte); no segundo, funciona de fato como uma conjunção adversativa,
marcando oposição em relação à oração anterior. A conjunção "mas",
cuja função mais tradicional é marcar oposição, serve frequentemente na
linguagem coloquial para mudar de assunto, acrescentar nova ideia, e não
necessariamente para contrapor o tópico antecedente.
Questão 23
Gabarito:
D
Resolução:
Os dois textos utilizam a descrição do espaço
para caracterizar a exclusão dos personagens retratados: no texto I, essa
exclusão fica clara na imagem dos meninos que dormem estendidos no assoalho e
por debaixo de pontes, indiferentes ao vento e à chuva, de cujos efeitos não
têm como se proteger; no texto II, a exclusão dos bêbados à margem do rio Belém
transparece no espaço em que se acomodam, nos fundos do mercado de peixes, sob
a sombra de um velho ingazeiro.
Questão 24
Gabarito:
C
Resolução:
Ao longo do texto, o narrador reflete sobre sua
própria escrita ("Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado
de uma visão gradual [...]") e também sobre questões existenciais
("Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de
acontecer?"), ambas marcas da produção literária de Lispector.
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